Um estudo recente da KPMG revela que 63% das empresas no setor financeiro não consideram os impactos da nova reforma tributária. A maioria ainda não possui uma visão clara sobre as consequências financeiras de suas implementações.
Os dados mostram que a complexidade técnica e a adequação de sistemas são as principais preocupações, com a maioria das organizações ainda em fase de análise.
Importante saber:
86% das empresas não têm visão consolidada sobre os impactos financeiros.
66% iniciaram análises, mas muitas ainda não finalizaram.
40% destacam complexidade técnica como a maior preocupação.
O estudo “Reforma Tributária do Consumo 2025”, realizado pela KPMG revelou que 63% das empresas brasileiras do setor financeiro que participaram da pesquisa ignoram os efeitos da legislação sobre novos produtos e projetos. O levantamento mostrou também que 86% destas organizações ainda não têm uma visão consolidada sobre os impactos financeiros do novo arcabouço tributário do país.
Segundo o trabalho, 66% dos respondentes afirmaram que iniciaram análises, mas que estas ainda estão em andamento; 20% declaram não ter começado qualquer verificação até o momento e apenas 14% concluíram as avaliações sobre o tema. Ao todo, foram ouvidos líderes de 35 organizações do setor financeiro, seguros, meios de pagamento, operadoras de planos de saúde e imobiliário.
O material também informa que 40% das instituições consideram a complexidade técnica e a incerteza jurídica como as maiores preocupações da Reforma Tributária do Consumo; já a adequação de sistemas é a prioridade para 31% das organizações, enquanto 20% das empresas estão preocupadas, principalmente, com os impactos sobre os modelos operacionais e de negócios e 9% têm outras preocupações.
“Os dados revelam que as empresas ainda enfrentam um estágio de adaptação e incerteza diante da implementação da reforma. Apesar de haver clareza sobre os desafios a serem enfrentados, os dados indicam que a complexidade técnica, a adequação de sistemas e os impactos sobre os modelos operacionais e de negócios estão no centro das prioridades estratégicas”, analisa o sócio de impostos para serviços financeiros da KPMG no Brasil, Celso Alcântara.
A publicação ainda mostra que 69% dos entrevistados não avaliaram impactos da reforma em fusões e aquisições. Do ponto de vista orçamentário, 72% das empresas não têm orçamento estruturado e a maioria trata a reforma como despesa pontual.
“A dimensão tecnológica emerge como um dos principais pilares da reforma tributária. Sem ajustes estruturais nos sistemas de integração, não haverá conformidade plena com o novo modelo. Nesse sentido, a experiência mostra que equipes multidisciplinares são cruciais para confirmar entendimentos técnicos e de negócios, mitigar problemas e aumentar a confiabilidade da implementação”, conclui o sócio-líder de serviços financeiros da KPMG no Brasil, Cláudio Sertório.