A ORBBY, fintech focada em marketing de influência, foi escolhida para a residência da Antler, prometendo uma nova abordagem no setor.
Com tecnologia e automação, a startup pretende unir influenciadores e empresas para otimizar campanhas e vencer gargalos financeiros.
Importante saber:
Meta de faturamento de R$ 18 milhões no primeiro ano
10 mil influenciadores já mapeados para a plataforma
Gargalos no setor incluem prazos de pagamento longos e falta de crédito
A ORBBY, fintech que opera por meio de uma plataforma de gestão e serviços financeiros voltada para o marketing de influência foi selecionada para residência pela companhia global de venture capital (VC) e venture builder Antler. Criada pela empreendedora Priscila Jaffé em sociedade com o empresário Victor Cabral, a startup tem a meta de alcançar um faturamento de R$ 18 milhões no primeiro ano de operação. Para isso a estratégia é integrar gestão de campanhas, métricas de performance e soluções financeiras.
“Nossa projeção é realista porque partimos de uma base sólida de marcas e influenciadores que já atuam conosco e migrarão para a plataforma. Até agora desenvolvemos tudo com capital próprio e parcerias estratégicas, sem investimento externo. Agora buscamos parceiros que somem visão, inteligência e conexões estratégicas para escalar o negócio”, afirma Jaffé.
Ela explica que com a ORBBY a escala muda completamente. “A grande tendência entre as empresas é rodar campanhas com mais de mil influenciadores simultaneamente, com um ticket médio de cerca de R$ 1 mil por criador. É algo impossível de fazer manualmente, e é justamente aí que a nossa tecnologia entra.”
Neste sentido, a fintech tem o propósito de multiplicar o modelo unindo tecnologia, automação e inteligência de dados. “Assim, conseguimos crescer em volume sem depender do aumento proporcional da equipe, o que torna o negócio escalável e rentável,” diz.
Segundo a consultoria Goldman Sachs, a creator economy global já movimenta US$ 250 bilhões e deve ultrapassar US$ 480 bilhões até 2027. No Brasil, a YOUPIX e a Brunch estimam que mais de 20 milhões de pessoas se considerem criadores de conteúdo. Ainda assim, o setor enfrenta gargalos estruturais: prazos de pagamento de até 180 dias, falta de crédito e processos pouco profissionalizados.
“Eu vivi na pele o veto à contratação de quem tinha menos de um milhão de seguidores”, lembra Priscila. “Hoje, o valor está justamente nos micro e nano influenciadores, que falam diretamente com nichos segmentados e comunidades reais.”
A fundadora da ORBY informa que já foram mapeados mais de 100 mil influenciadores. “A ideia é convidar toda essa comunidade para integrar a ORBBY. Se conseguirmos uma taxa de adesão de 30% no primeiro ano, teremos cerca de 30 mil criadores ativos dentro da plataforma”, explica.
Do lado das empresas, o plano é iniciar com 20 anunciantes ativos, consolidando uma base que permita escalar rapidamente. “Nosso diferencial é que a plataforma foi desenhada junto com quem vive esse mercado. Ela nasce para resolver gargalos reais, como o fluxo de caixa e a falta de previsibilidade.”
