A ascensão das fintechs sempre foi alimentada pela promessa de serviços mais simples, rápidos e baratos. Mas existe um pilar silencioso que determina quem sobrevive no setor: a confiança. Um novo artigo acadêmico publicado em Electronic Markets (2025) revela que, no ambiente digital, a confiança não desaparece — ela apenas muda de forma.
Segundo os autores, a confiança nos serviços financeiros tradicionais sempre envolveu fatores humanos: reputação de instituições, atendimento, expertise de gestores, proteção regulatória.
Nas fintechs, porém, o “objeto de confiança” é outro: sistemas, algoritmos, apps, modelos de IA, arquitetura de dados, governança e segurança cibernética.
O estudo aponta que usuários de fintechs enfrentam novos tipos de vulnerabilidade: falta de transparência algorítmica, riscos de privacidade, potenciais escândalos envolvendo criptoativos, e ausência de sinais tradicionais de credibilidade. Em um ambiente onde a interação é mediada por código e não por pessoas, como se constrói confiança?
A pesquisa destaca que drivers clássicos de confiança — integridade, benevolência, competência — continuam relevantes, mas precisam ser reinterpretados. Por exemplo:


