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Investidores em ativos digitais com até 24 anos cresceram 56% no Brasil

Estudo do MB revela aumento de 18% no número de pessoas que aplicaram em mais de um criptoativo

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Redação

18 de dezembro, 2025
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Investidores em ativos digitais com até 24 anos cresceram 56% no Brasil

Resumo

Uma nova pesquisa mostra que os jovens estão liderando a expansão do mercado de criptoativos no Brasil, com um crescimento de 56% em 2025.

Os investidores estão priorizando ativos de menor volatilidade, como stablecoins e renda fixa digital, destacando um interesse crescente no setor.

Importante saber:

  • O volume transacionado em cripto aumentou 43% em 2025.

  • 86% dos investidores de renda intermediária preferem stablecoins.

  • São Paulo e Rio de Janeiro lideram o volume negociado.

A primeira edição do Raio-X do Investidor de Ativos Digitais, levantamento elaborado pelo MB, Mercado Bitcoin, para traçar um panorama do mercado ao longo do ano revelou que os jovens foram os responsáveis diretos pela rápida expansão da modalidade no Brasil ao logo de 2025. De acordo com o trabalho, entre todas as faixas etárias que passaram a investir em criptoativos, os investidores de até 24 anos registraram o crescimento mais expressivo em número de participantes, com alta de 56% em relação ao ano anterior.

Durante o ano, os ativos de menor volatilidade, como Renda Fixa Digital e stablecoins (criptoativos atrelados a moedas fiduciárias, como o dólar), ganharam destaque e se tornaram as escolhas preferidas entre os novos investidores do setor. Além disso, a atenção também se voltou para a diversificação: houve um aumento de 18% no número de pessoas que aplicaram em mais de um criptoativo em comparação ao ano anterior.

Na visão de Fabrício Tota, VP de Negócios Cripto do MB | Mercado Bitcoin, o interesse dos brasileiros por ativos digitais tem aumentado, ainda mais após momentos importantes ao longo do ano, como o anúncio da regulamentação cripto pelo Banco Central e o fato das stablecoins terem ultrapassado o volume de transações somado de Visa e Mastercard.

 “No MB, identificamos esse crescimento de demanda por investidores de todas as faixas etárias e perfis, não apenas os mais jovens, como também investidores institucionais e family offices. Além de apoiá-los com a tecnologia para as transações serem feitas de forma ágil e segura, temos o compromisso de tornar o universo cripto mais simples e integrado ao dia a dia dos investidores”, comenta

Ao todo, o volume transacionado em cripto (bitcoin, altcoins e stablecoins) no ano avançou 43% em relação ao período anterior. O aporte médio dos investidores ficou em R$ 5.700, com as segundas-feiras concentrando tanto o maior número de investidores quanto o maior volume movimentado. Na avaliação do VP de Negócios Cripto do MB, esse comportamento reforça um movimento de maior planejamento financeiro, com os brasileiros aproveitando o início da semana para organizar a carteira e tomar decisões de investimento.

Stablecoins atrai investidores de renda média

 

O Raio-X do Investidor de Ativos Digitais em 2025 também mostrou que as faixas de renda intermediária tendem a priorizar diversificação e aporte em ativos menos voláteis, aumentando a alocação em stablecoins. Nas faixas de renda entre R$ 9.696,01 e R$ 13.332 e entre R$ 16.968,01 e R$ 24.240, 86% do valor investido em criptoativos está aplicado em criptomoedas tradicionais e 12% em stablecoins, mostrando que essas faixas, apesar de menor dominância em cripto tradicionais, apresentam maior interesse por stablecoins.

Já na faixa de R$ 6.060,01 a R$ 9.696, apenas 5% do investimento vai para stablecoins e 92% permanece em criptomoedas tradicionais, possivelmente em busca de retornos mais elevados.

Em alta renda, caracterizada por pessoas com remuneração acima de R$ 24.240, o número de investidores cresceu 11% em relação ao ano anterior, enquanto o grupo de renda média, entre R$ 16.968,01 e R$ 24.240, registrou alta de 16%.

Stablecoins e ativos tokenizados lideram o crescimento das categorias

As stablecoins foram a categoria que mais cresceu no ano, com volume mais que triplicado, enquanto os ativos tokenizados, como a renda fixa digital (RFD), registraram alta de 108%. “Só em 2025, distribuímos R$ 1,8 bilhão em ativos de RFD, com a categoria entregando em média 132% do CDI no ano, muitas vezes com isenção de imposto de renda”, comenta Tota, indicando o potencial da vertente para 2026.

A moeda digital mais conhecida do mundo também não ficou para trás. O número de investidores comprando bitcoin cresceu 14% frente a 2024, mostrando que, mesmo com sua atual dominância no mercado, o ativo continua a ampliar sua base. Além de o ativo seguir como a principal criptomoeda no ranking de mais negociados ao longo de 2025, ele é seguido por USDT, Ethereum e Solana.

Estados do Sudeste e do Sul lideram o volume negociado

No volume negociado, o Sudeste lidera com São Paulo e Rio de Janeiro em 1º e 2º lugar. O Paraná (Sul) aparece em 3º, seguido por Minas Gerais e Rio Grande do Sul, que completam o top 5. O Centro-Oeste entra com o Distrito Federal em 7º lugar do ranking geral, enquanto a Bahia representa o Nordeste em 9º. A região Norte só aparece na 16ª posição do ranking nacional, com o Acre.