FintechLab
FintechLab

Comece a digitar para buscar

Criptomoedas

Fan Tokens crescem e álbum da próxima Copa pode ser em blockchain

A revolução dos colecionáveis digitais com blockchain ganha destaque no futebol brasileiro

R

Redação

17 de novembro, 2025
Compartilhar:
Fan Tokens crescem e álbum da próxima Copa pode ser em blockchain

Resumo

Após a classificação do Flamengo para a final da Copa Libertadores, o Fan Token $MENGO teve um aumento de 12,6% no volume de negociação.

Bruno Pessoa, da Chiliz, revela novidades sobre figurinhas digitais com tecnologia blockchain durante evento em SP.

Importante saber:

  • O álbum de figurinhas da próxima Copa do Mundo pode ser desenvolvido em blockchain.

  • Figurinhas digitais trazem garantia de autenticidade e rastreabilidade.

  • Os Fan Tokens oferecem benefícios exclusivos aos torcedores, como ingressos e recompensas.

Após a classificação do Flamengo para a final da Copa Libertadores, o Fan Token do clube ($MENGO) registrou um salto de 12,6% no volume de negociação. O movimento confirma o potencial dessa nova forma de investimento que vem se consolidando no Brasil.

Em entrevista exclusiva ao FintechLab, o country manager da Chiliz no Brasil, Bruno Pessoa, adiantou que o álbum de figurinhas da próxima Copa do Mundo poderá ser desenvolvido em blockchain, tecnologia que garante autenticidade e rastreabilidade aos ativos digitais.

A Chiliz é o principal provedor global de tecnologia blockchain voltada para a indústria do esporte. A empresa firmou recentemente parceria com seis clubes da elite do futebol brasileiro para modernizar a tradicional cultura de colecionar figurinhas. A conversa com Pessoa ocorreu durante o AI Brasil Experience, evento que reuniu especialistas e empresas de tecnologia nos dias 30 e 31 de outubro, no Distrito Anhembi, em São Paulo.

Cards do Futebol: figurinhas digitais únicas

A nova coleção lançada pela Chiliz, chamada Cards do Futebol, transforma as clássicas figurinhas de jogadores em colecionáveis digitais únicos, criados com o uso de inteligência artificial. A tecnologia gera combinações aleatórias e exclusivas de imagens, garantindo que exista apenas uma figurinha para cada combinação possível.

Participam da iniciativa Flamengo, Palmeiras, Internacional, Fluminense, Vasco da Gama e São Paulo, cada um com três modelos de card — um para cada nível de raridade. Os cards trazem identidade visual própria, inspirada nas cores, símbolos e torcida de cada clube. Atualmente, já foram desenvolvidos 18 mil cards, com cerca de 30 jogadores por time.

Propriedade e valor garantidos pela blockchain

Segundo Bruno Pessoa, o diferencial das figurinhas digitais é que elas pertencem exclusivamente ao colecionador, com toda a história de propriedade registrada na blockchain.

“Existe um registro imutável que mostra quem é o dono atual e quem já foi dono daquela figurinha. Toda transação é transparente e pode ser verificada em tempo real”, explica.

Ele lembra que esse tipo de registro elimina distorções de valor, como a ocorrida com a figurinha do Neymar na última Copa do Mundo.

“Falavam que valia R$ 50 mil, depois R$ 100 mil, e de repente zero. Isso porque ninguém sabia quantas existiam. Na blockchain, tudo fica registrado: quantas foram emitidas, quem tem e quantas estão disponíveis. Assim, é possível precificar com clareza”, afirma.

Mercado de criptoativos em expansão

Para Pessoa, as figurinhas digitais representam a consolidação de um mercado de criptoativos, que vai além das criptomoedas.

“Não é como o Bitcoin, mas é um criptoativo porque usa blockchain como meio de registro. E como existe demanda no universo físico, é natural que se forme também um mercado digital para esses itens”, destaca.

Fan Tokens e benefícios ao torcedor

No caso dos fan tokens, o modelo é semelhante ao de ativos como o Ethereum. Cada clube define um volume específico de tokens, que podem ser comprados por torcedores em busca de benefícios.

“Quem compra o token do Flamengo, por exemplo, pode fazer o staking — uma espécie de caderneta de poupança digital — e ter acesso a recompensas como ingressos, experiências exclusivas e promoções”, explica Pessoa.

Para ele, o blockchain agrega novas camadas de valor ao colecionismo esportivo.

“Ele mantém o espírito das figurinhas — o desejo de colecionar e ter algo raro e exclusivo —, mas agora com transparência, segurança e a possibilidade de obter benefícios reais”, conclui.