Após a classificação do Flamengo para a final da Copa Libertadores, o Fan Token do clube ($MENGO) registrou um salto de 12,6% no volume de negociação. O movimento confirma o potencial dessa nova forma de investimento que vem se consolidando no Brasil.
Em entrevista exclusiva ao FintechLab, o country manager da Chiliz no Brasil, Bruno Pessoa, adiantou que o álbum de figurinhas da próxima Copa do Mundo poderá ser desenvolvido em blockchain, tecnologia que garante autenticidade e rastreabilidade aos ativos digitais.
A Chiliz é o principal provedor global de tecnologia blockchain voltada para a indústria do esporte. A empresa firmou recentemente parceria com seis clubes da elite do futebol brasileiro para modernizar a tradicional cultura de colecionar figurinhas. A conversa com Pessoa ocorreu durante o AI Brasil Experience, evento que reuniu especialistas e empresas de tecnologia nos dias 30 e 31 de outubro, no Distrito Anhembi, em São Paulo.
Cards do Futebol: figurinhas digitais únicas
A nova coleção lançada pela Chiliz, chamada Cards do Futebol, transforma as clássicas figurinhas de jogadores em colecionáveis digitais únicos, criados com o uso de inteligência artificial. A tecnologia gera combinações aleatórias e exclusivas de imagens, garantindo que exista apenas uma figurinha para cada combinação possível.
Participam da iniciativa Flamengo, Palmeiras, Internacional, Fluminense, Vasco da Gama e São Paulo, cada um com três modelos de card — um para cada nível de raridade. Os cards trazem identidade visual própria, inspirada nas cores, símbolos e torcida de cada clube. Atualmente, já foram desenvolvidos 18 mil cards, com cerca de 30 jogadores por time.
Propriedade e valor garantidos pela blockchain
Segundo Bruno Pessoa, o diferencial das figurinhas digitais é que elas pertencem exclusivamente ao colecionador, com toda a história de propriedade registrada na blockchain.
“Existe um registro imutável que mostra quem é o dono atual e quem já foi dono daquela figurinha. Toda transação é transparente e pode ser verificada em tempo real”, explica.
Ele lembra que esse tipo de registro elimina distorções de valor, como a ocorrida com a figurinha do Neymar na última Copa do Mundo.

