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Criptomoedas

Crown, emissora da stablecoin BRLV, capta US$ 13,5 milhões em Série A

Operação marca primeiro investimento do fundo de Venture Capital Paradigm em uma empresa brasileira

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Redação

9 de dezembro, 2025
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Crown, emissora da stablecoin BRLV, capta US$ 13,5 milhões em Série A

Resumo

A Crown, empresa brasileira de stablecoin, anunciou a conclusão de sua rodada Série A com um investimento significativo.

A BRLV, já com R$360 milhões em subscrições, se destaca como a maior stablecoin de mercados emergentes.

Importante saber:

  • Crown alcança avaliação de US$90 milhões com novo aporte.

  • Stablecoin BRLV é lastreada 100% em títulos públicos brasileiros.

  • Infraestrutura é auditada e segue regulamentações do Bacen.

A Crown, empresa de tecnologia financeira emissora da stablecoin lastreada em reais BRLV, acaba de anunciar o fechamento de sua rodada Série A, com uma arrecadação de US$13,5 milhões.  O investimento foi liderado pela Paradigm, empresa de criptoativos com foco em pesquisa que apoia projetos e protocolos desde os estágios iniciais. Essa é a primeira vez que o fundo de Venture Capital faz um aporte em uma empresa brasileira.

Com os novos recursos, a Crown alcança uma avaliação de US$90 milhões, que segundo a companhia, solidifica sua posição como infraestrutura institucional de referência para um real digital seguro, transparente e programável. A empresa informa que atualmente, o BRLV já ultrapassou R$360 milhões em subscrições, o que o posiciona como a maior stablecoin de mercados emergentes.

Stablecoins são versões digitais de moedas tradicionais, lastreadas integralmente em reservas, que funcionam como a base estável para pagamentos e liquidação na camada on-chain. No Brasil, essa base precisa existir em real para permitir que instituições operem e inovem diretamente em BRL, sem depender de estruturas dolarizadas.

A Crown argumenta que foi exatamente esta estrutura que ela desenvolveu ou seja; um real digital, lastreado 100% em títulos públicos do governo brasileiro e totalmente interoperável, conectando Pix, sistemas bancários e mercados offshore ao ecossistema on-chain de liquidez 24/7.

“Com uma infraestrutura institucional, auditada e alinhada à regulamentação do Bacen, somos a primeira stablecoin do mundo a conceder aos holders garantia real sobre as reservas que lastreiam o token. Isso significa que, mesmo em cenários extremos, o usuário tem proteção jurídica plena sobre os ativos que garantem o BRLV”, afirma John Delaney, CEO e cofundador da Crown.

Ele afirma que a arquitetura da Crown foi concebida para atender instituições financeiras, exchanges e plataformas de tokenização com rigor de nível bancário. “Desde o início, buscamos parceiros de referência no mercado tradicional, como Atmos Capital e Citrino, para validar que nossa infraestrutura atendesse plenamente às exigências de players institucionais de primeira linha”, afirma Delaney.

Segundo Marcelo Cabral, sócio na Citrino, a gestora vinha acompanhando o avanço do blockchain há anos e, por muito tempo, viu aplicações promissoras, mas sem o arcabouço institucional necessário para ganhar escala. “Esse cenário mudou com os recentes avanços regulatórios, que abriram espaço para uma adoção mais ampla. A Crown se destaca nesse novo momento: combina um time excepcional com uma infraestrutura sólida e regulada, posicionada no segmento mais maduro da tecnologia”, opina Cabral.

A Crown iniciou sua operação no Brasil há poucos meses, com o lançamento da BRLV e uma rodada seed de US$ 8,1 milhões, liderada por Framework Ventures, Valor Capital Group, Coinbase Ventures, Norte Ventures, Paxos e Edward Wible, cofundador do Nubank.