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Pagamentos

Split Payment exigirá simulação de cenários por canal ou meio de pagamento

Ao apresentar a palestra “Split Payment: Desafios e Oportunidades na Reforma Tributária”, no primeiro dia da Fenalaw 2025, o CEO da consultoria Tax Group, Luis Wulff, alertou as empresas para a necessidade de realizar simulações de cenários de caixa por canal ou meio de pagamento como um dos maiores impactos da adoção do novo modelo de pagamentos exigido pela nova legislação.

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Autor Desconhecido

5 de novembro, 2025
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Split Payment exigirá simulação de cenários por canal ou meio de pagamento

Resumo

O encontro discutiu os impactos do Split Payment, que separa tributos automaticamente no momento do pagamento, sobre o fluxo de caixa das empresas. Luis Wulff destacou a importância de revisar políticas de prazos, realizar saneamento cadastral e implementar um motor de regras fiscais integrado ao ERP, além de enfatizar a necessidade de mapear integrações e documentar exceções. Ele alertou que a adoção desse modelo pode resultar em redução de liquidez e maior complexidade na conciliação, demandando controles rigorosos e governança de dados para mitigar riscos fiscais.

O encontro avaliou todos os efeitos do Split Payment, mecanismo em que a parcela de tributos é separada automaticamente no momento do pagamento, sobre o fluxo de caixa e a operação financeira das empresas.

O executivo também ressaltou a necessidade de revisar as políticas de prazos e, em seguida, realizar o saneamento cadastral e adotar um motor de regras fiscais integrado ao ERP.  Segundo ele, é recomendável ainda mapear as integrações e documentar o tratamento de exceções, como estorno, devolução e chargeback. Por fim, sua orientação pe que as organizações implantem pilotos controlados, acompanhem os KPIs de conciliação e mantenham planos de contingência.

“O Split Payment não é só uma mudança de recolhimento: ele altera o caixa do dia a dia. Sem simulações e novos controles, a empresa sente isso no extrato bancário”, afirmou Luis Wulff durante a sessão.

Com base na análise do Tax Group, alguns pontos tendem a ser subestimados na adoção do Split Payment. “Como parte do valor da venda é segregada para tributos já no pagamento, há redução imediata de liquidez e maior complexidade de conciliação entre o valor da venda, os tributos, estornos e chargebacks”, explica Wulff.

Outro ponto subestimado reside nos dados e na parametrização fiscal. Segundo o especialista, o modelo exige cadastros corretos e regras fiscais atualizadas desde a origem (incluindo produto/serviço, alíquotas e exceções). Erros na entrada desses dados geram segregações indevidas, retrabalho e risco de autuação.

“É um projeto de processos e dados. Com governança de cadastros e integrações endurecidas, a empresa reduz o risco fiscal e ganha previsibilidade”, completou o CEO do Tax Group.