Pix Automático obrigatório em débitos entre bancos acelera adesão ao Open Finance
A obrigatoriedade do Pix Automático em débitos entre bancos cria um padrão único para cobranças recorrentes e abre espaço para que mais empresas entrem no Open Finance. A avaliação é da INIT (Associação dos Iniciadores de Transação de Pagamentos – ITPs). De acordo com a instituição, com a decisão do CMN, que passa a valer em 13 de outubro de 2025, o modelo tende a reduzir custos, ajudar a conter inadimplência e simplificar a integração com as instituições financeiras, enquanto o consumidor ganha controle claro para autorizar, visualizar e cancelar pagamentos.
A INIT anunciou a padronização das cobranças periódicas, permitindo uma gestão centralizada e registros compartilhados, o que simplifica a reconciliação e favorece o ganho de escala. O novo formato de Pix Automático alinha autorizações e consentimentos, reduzindo a complexidade para pessoas jurídicas e facilitando a gestão de pagamentos recorrentes. Essa abordagem promete beneficiar setores com grandes volumes de clientes, diminuindo custos operacionais e proporcionando uma experiência financeira mais previsível e menos burocrática.
Em comunicado a INIT afirma que cobranças periódicas deixam de depender de arranjos diferentes e passam a seguir um mesmo trilho, com autorização no aplicativo do banco do pagador, gestão centralizada e registros compartilhados entre participantes. A padronização traz previsibilidade técnica para integrações, simplifica a reconciliação e define regras objetivas para exceções, condições que favorecem ganhos de escala com segurança e melhoram o funcionamento do ecossistema.
A relação com o Open Finance é direta, uma vez que, ao concentrar consentimentos e alinhar o fluxo de autorização a um desenho comum, o Pix Automático facilita jornadas integradas de iniciação e de gestão de dados. O efeito esperado é mais uma redução na complexidade que ainda freia a adesão de pessoas jurídicas, permitindo que empresas possam contratar, gerenciar e conciliar recebimentos recorrentes com menos fricção e maior mensurabilidade.
Para quem cobra, especialmente em setores com grande base de clientes como telefonia, energia, educação, saúde e assinaturas, o novo padrão tende a reduzir custos operacionais, estabilizar recebimentos e diminuir disputas. Para PMEs, derruba barreiras técnicas e viabiliza planos e mensalidades sem múltiplos provedores ou desenvolvimento próprio. Para quem paga, concentra a experiência em um só lugar, com mais previsibilidade do orçamento e menos burocracia no cotidiano financeiro.
Na avaliação de Gustavo Lino, diretor-executivo da INIT, a partir do novo arranjo, os iniciadores de transação de pagamentos assumem ainda mais um papel de aceleradores de inovação dentro do ecossistema financeiro no Brasil. “A recorrência em um padrão único é um avanço de sistema. O protagonismo dos ITPs está em fazer a engrenagem funcionar melhor, com autorizações claras para o usuário, integrações limpas para quem cobra e camadas de segurança bem operadas para todos. Executar com interoperabilidade, métricas e educação é o caminho para transformar a mudança regulatória em benefício concreto para pessoas e empresas”, afirma.